Cansaço, rotina desgastante, salário baixo, falta de reconhecimento, chefe insuportável… São muitos os motivos que levam, diariamente, diversos profissionais a pedir demissão. Mas a atitude, muitas vezes tomada de forma repentina, pode gerar diversos problemas. De acordo com a coach Bibianna Teodori, alguns aspectos importantes devem ser levados em consideração antes de jogar tudo para o alto.
“O autoconhecimento é fundamental nesta fase. A pessoa deve perguntar para si: ‘O que eu realmente quero para mim? Quais são meus sonhos?’ Esse é um ponto muito relevante para tomar qualquer decisão”, ressalta a especialista.
Bibianna diz que, muitas vezes, essa avaliação é difícil de ser feita individualmente. “É comum acharmos que a grama do vizinho é mais verde, mas, na realidade, pode ser que a sua situação não seja tão ruim comparativamente. Deve-se pesquisar muito sobre outras empresas, inclusive sobre remuneração, e como anda o mercado.”
A coach afirma também que é comum que profissionais abandonem empregos por razões muito pontuais. “Às vezes, o que está por trás da decisão são problemas reversíveis, como falta de competências específicas ou dificuldade de relacionamento com colegas ou chefe. Esses problemas também podem ser encontrados no próximo emprego. Para se chegar ao ponto de pedir demissão, as razões devem ser mais profundas”, explica.
Plano B e apoio
Pedir as contas sem ter uma recolocação garantida não é uma boa estratégia, segundo Bibianna. “Sair para ficar desempregado não é inteligente. É importante analisar de forma atenta e rigorosa as alternativas ao seu emprego atual. Quanto tempo você demorará a se recolocar? Se a ideia for abrir um negócio próprio, quanto tempo e dinheiro serão gastos até você se estabelecer?”.
Nesta fase, ter o suporte de outras pessoas é fundamental. “Ter o apoio de familiares e amigos fará muita diferença”, finaliza a coach.