Quem está em um relacionamento amoroso provavelmente já sentiu ciúmes, seja ele em grandes ou pequenas proporções. A grande questão é identificar se é algo normal ou patológico, que começa a gerar problemas para quem sente e sofre.
A coach Bibianna Teodori classifica o ciúme normal como algo pontual e transitório. “Se a pessoa sente durante mais de uma hora por dia, já é considerado patológico”, avalia. Se esse for o caso, fica evidenciado que existe uma anormalidade na personalidade ou na relação afetiva. “O indicado é procurar um especialista.”
Um dos sintomas da patologia é quando o parceiro procura continuamente a possível traição do outro. “Muitas são as origens desse sentimento e, a mais frequente delas, é a insegurança. Pessoas inseguras tendem a desejar amarrar a pessoa amada junto a si para que não deem um passo”, explica.
Bibianna lembra que não existe um modelo de comportamento para uma relação feliz e que o casal precisa ser emocionalmente inteligente, conhecer o universo um do outro.
“Casais inteligentes possuem um mapa do parceiro, isto é, conhecem seus gostos e preferências, seus objetivos, valores, visão do mundo, temores e esperanças. O ponto de partida de um relacionamento gratificante é a crença de que seu parceiro é digno de respeito e admiração”, argumenta. Para ela, se houver admiração e respeito não haverá espaço para o ciúme patológico.
Risco de relacionamento abusivo
Quando o ciúme é patológico, há o risco, inclusive, de se estar em um relacionamento abusivo. Isso acontece quando não há respeito dos valores do outro, um dos dois é muito controlador, ciumento, possessivo, controlador ou tenta isolar demais a parceira.
A coach alerta que é preciso estar atento a atitudes como agressão física, ofensas, pressão psicológica, intimidação, injúria e ameaças verbais, dentre outros tipos de abusos morais.
“A situação é muito mais comum do que se imagina. Nas relações amorosas, ela também pode ser velada e causa não só traumas e danos morais à vítima como também a sensação de impotência diante da agressão.”
Para Bibianna, a violência psicológica pode ser ainda mais perigosa do que a física, porque envolve emocionalmente o agredido. “É importante informar-se sobre comportamentos abusivos ou que sinalizem uma forte tendência nesse sentido. É preciso estar preparado para identificá-los, seja na própria relação ou no relacionamento de pessoas próximas”, finaliza.
Sobre Bibianna Teodori
É Executive e Master Coach, idealizadora e fundadora da Positive Transformation Coaching. Autora do livro “Coaching para pais e mães – Saiba como fazer a diferença no desenvolvimento de seus filhos” e coautora de “Coaching na Prática – Como o Coaching pode contribuir em todas as áreas da sua vida”.
Possui larga experiência organizacional e trabalhou por mais de 20 anos como executiva de empresas italianas nas áreas de RH, gestão de mudanças, venda & marketing, unindo competências de liderança e transformação pessoal para aumento de desempenho.
Além da formação na Sociedade Brasileira de Coaching, com certificação pela BCI Behavioral Coaching Institute e pelo ICC International Coaching Council, fez Soul Coaching pela Denise Linn. Tem ainda certificações em Assessments Training (Disc – Motivadores – Axiologia – Valores – Psicologia Positiva), Assessment Traninig (Success Tools), Assessment Training (Universidade Quantum) e especializações em coaching de liderança e aplicado a vendas. É também palestrante internacional.