Você é proativo ou reativo? Como realiza as coisas que tanto deseja? A proatividade é um dos segredos para que tudo aconteça.
Ser proativo não é simplesmente fazer as coisas fáceis para o nosso benefício. Proatividade tem que ser um hábito que você leva para tudo. Esta palavra foi criada por um fantástico escritor americano, Stephen Covey, e está inserida em seu livro de maior sucesso, que vendeu mais de 20 milhões de exemplares, e foi traduzido em 38 idiomas.
“The seven habits of highly effective people”, que significa “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, foi fundamental para a mudança das pessoas reativas – aquelas que pensam e atuam dentro de padrões de causa e efeito. Pessoas proativas influenciam o meio, garantem harmonia, direcionam boas energias, iluminam tudo e todos ao seu redor. Nunca se sentem vítimas das circunstâncias e escolhem com sabedoria o que podem realizar para uma mudança significativa para os outros.
Aqui no site temos falado muito sobre a postura mental. Ela é o que define seus resultados na vida: excelência ou mediocridade, sucesso ou fracasso, sorte ou azar, oportunidades, felicidade, satisfação, depressão. Enfim, a lista é longa e todas essas questões são definidas por sua postura mental.
Mas o que é postura mental? É seu posicionamento, seus paradigmas, seus conceitos internos que definem como a vida é e como as coisas devem ser e acontecer. Quanto mais cristalizados ou imutáveis são esses conceitos, mais dificuldades você terá.
Nossos paradigmas são como mapas que nos informam como é o território onde estamos pisando. O problema é que não os compreendemos, pois nenhum deles pode ser considerado 100% correto. Sempre estamos errados em alguns pontos e certos em outros. A teimosia em não admitir esse fato é o que faz nossos paradigmas se cristalizarem – passamos a acreditar que nosso ponto de vista é “o correto” e que todos deveriam fazer as coisas da forma como acreditamos que elas devem ser feitas.
Essa postura mental rígida e imutável é contrária à pró-atividade. Por quê? Porquê o indivíduo que acredita fielmente que seu ponto de vista é o único correto esgotará suas forças para brigar e provar que está certo. Isso gera irritabilidade, frustração, decepção, baixa autoestima, baixa autoconfiança, medo e, por fim, depressão – em casos em que a pessoa adota o papel de vítima.
O indivíduo proativo pouco se importa com o que os outros pensam e como levam suas vidas, pois tem mais com que se preocupar. Enquanto o reativo gasta energia e o tempo reclamando, brigando, defendendo seu ponto de vista, irritando-se e frustrando-se quando as coisas dão errado, o proativo investe na busca de seus objetivos. E tudo isso nasce na postura mental.
O proativo está consciente de que suas ideias e conceitos podem estar equivocados e está aberto para aprender e mudar. Ele assume riscos e também a responsabilidade por quaisquer erros, coisa que o reativo não faz – se ele está 100% certo em tudo, como é que ele cometeu um erro?
Vou explicar de um modo mais compreensível a diferença entre os dois. Nos primeiros anos da minha carreira, conheci um lindo homem. Era o ano 1987 e eu estava muito concentrada no trabalho, mas certas coisas não me deixavam indiferente. Descobri que aquele homem era da minha cidade e começamos a sair. A primeira coisa que falei para ele foi sobre o que eu fazia. Mesmo assim, ele não perdeu a esperança e começamos a relação.
Tinha um parceiro, um namorado e estava feliz. Pensei que seria difícil conseguir ter um namorado. “Crenças limitantes”? Medo? Consegui, fantástico!
Trabalhava muito naquela época para ajudar minha família e ele compreendia. Estava tudo maravilhoso e eu era feliz e gratificada. Entretanto, um dia voltando para casa, encontro ele e a minha melhor amiga juntos. O meu namorado estava na cama com a minha melhor amiga!
Naquele momento, a minha pró-atividade ficou em crise. E comecei a sofrer de uma estranha forma de dislexia. Tinha perdido a capacidade de pronunciar a letra “t”.
E, assim, comecei a pensar:
a. -odos os homens são…
b. Eu -inha ou não inha fei-o algo? Ou não di-o algo para achá-lo naquela situação?
Fiz terapia e consegui voltar a falar a letra “t” novamente.
E você? O que acha que eu tinha pensado? A ou B?
a. O que aquele homem podia querer mais? Uma namorada atenta, presente, formada, grande trabalhadora, que todo final de semana tinha um presente para ele!
b. Não, acho que não merecia ele.
Agora, veja, não é importante escolher A ou B. E, principalmente, acho que os homens são seres humanos maravilhosos. O importante é entender que eu fui a única responsável por aquela situação. Mas ele foi o responsável por gerar aquela situação. Sabe qual é a diferença? Está na pergunta: era o resultado que eu queria?
Quando algo não acontece como gostaríamos, significa que você tem:
– Feito ou não feito;
– Dito ou não dito;
– Escrito ou não escrito;
– Escutado ou não escutado;
– Perguntado ou não perguntado;
Quem é o responsável pelo resultado? A grande diferença entre proativos e reativos está naquilo que você aprende. Se você é reativo, a culpa é dos outros, pois deveria se preocupar com aquilo que está acontecendo. Se é proativo, desenvolve novas habilidades e capacidades para fazer as coisas acontecerem como você queria.
Quando as coisas acontecem como você gostaria, termina o processo de velocidade dos processos mentais. Mas, ainda tem novas perguntas: depende de mim ou dos outros? Já sabe a resposta e eu desejo entender a sua.
Se diz que depende dos outros, o assunto está encerrado e você aceita a situação, mesmo não estando de acordo. Se acredita que depende de você, desenvolverá outras habilidades e capacidades de conhecimento, que a permitirão fazer as coisas de sempre de forma mais rápida. Este é o seu prêmio por ter conseguido colocar a proatividade em prática.
Por outro lado, a reatividade te levará a se mover de forma mais crítica, mas não resolverá seus problemas. Lembre-se que, se fizer as mesmas coisas de sempre, chegará apenas ao mesmo lugar. Se quiser uma mudança em sua vida, mude suas ações.
Veja este esquema. Escreva dentro do espaço o que você deveria mudar se os resultados não o deixam feliz:
Se deseja que os resultados mudem, comece pelas suas ações, no que diz, faz, escreve, escuta. Mas, sobretudo, na sua maneira de pensar.
Pense de modo proativo, aja desta forma e seus desejos ficarão muito próximos.
Mas, se você pensa de modo reativo, sua pesquisa está terminada. Pensar do modo proativo trará novas habilidades e capacidades para que as coisas aconteçam como você quer. O resultado não é aquele que você queria? Então encontra-se em um dilema: proativo ou reativo?